quarta-feira, 27 de outubro de 2010

a força da presença de um sonho traduzido a realidade (...)

Nunca é tarde demais, para sentir, para guardar, para reencontrar, para viver, para acontecer, para ser.

Quantas vezes dou por mim a pensar em tudo o que passei contigo? Todas as palavras meigas que me disses-te sussurando ao ouvido, todas as vezes que as tuas mãos me passavam pelos ombros e depois me abraçavas ?

Eu sei que não é de mim assumir certas coisas, digo eu que vai contra os meus princípios, mas que princípios estes que me deixam com as mãos, os pés e o coração acorrentados ?

Acho que desde à um tempo para cá, me lembro todos os dias dos dias que julguei perdidos passados contigo, e agora não quero outra coisa senão tê-los de volta.

Já me sinto mesmo incapaz de encontrar alguém como tu, sabes ? Uma pessoa que fosse meiga, mas ao mesmo tempo inrequieta, calma mas o mesmo tempo simples... alguém encantado.

Todos os dias penso que não sei absolutamente nada sobre esta matéria de "amor"... Gostava que quando estivesse com alguém que fosse como quando foi contigo ... Juntos conseguiamos ser um mundo inteiro em duas pessoas, sentir-me amado pelo teu sorriso, queria que com o tempo a passar eu sentisse que és tu a inspiração para o significado de almas gémeas, e quero que seja contigo que a minha alma encontre a paz de comunhão da felicidade.

Estou agora a lembrar-me de tantas coisas que passamos juntos ... Lembro-me de tantas coisas, lembro-me de quase tudo ... Lembro-me que foste a primeira pessoa que chorou à minha frente ao primeiro pedido de namoro, lembro-me do cheiro do teu perfume, tenho sede do sabor dos teus lábios, lembro-me dos traços do teu corpo ilimunados pelos raios de luz que vinhas da janela pela rua iluminada, lembro-me do teu olhar que quase me sufucav a quando me olhavas nos olhos e me mexias no cabelo, e fazias aqueles mimos que até hoje são os únicos que encontrei com significado, mas aquilo que mais me mata de saudades é do teu abraço. Choro todos os dias que penso no teu/nosso abraço.

A beleza com que os teus braços se cruzavam no meu corpo, a força com que me apertavas, a rapidez com que a tua respiração e o teu coração se equacionavam com o meu, a meiga e suave forma de como sentia os teus lábios poisarem no meu pescoço, e o teu ar percorria os meus ombros, juro que tenho mesmo saudades verdadeiras.

Sinto falta dos meses que passei a correr contigo. É verdade que não sei ao certo quando foram, admito. Mas também tu sabes que nunca fui bom a lidar com datas. Prefiro guardar momentos que passei contigo, nessas mesmas datas, do que guardar uma série de números como se fossem uma edição de uma empresa qualquer.

Estou a lembrar-me agora da primeira vez que estivemos juntos(...) Notavasse em ti uma vontade enorme de me dares a tua mão, mas não querias ser tu a dar parte fraca. Então do nada, demos por nós e tinhamos dado os dois o impulso súbito de darmos a mão. Olhas-te para mim, e eu fiquei envergonhado e sem jeito, como de custume.

São estes e muitos mais momentos que guardo na minha caixa de memórias dentro da minha cabeça. São neles que muitas das vezes penso quando me falam em fé no amor.

Isto é o meu sonho, isto é a razão, que me leva a amar a vida. Isto, não é nada, do tudo que me faz lembrar de ti.

Sim, eu preciso de te abraçar, a ti, aqui e agora.

domingo, 10 de outubro de 2010

(...) dicionário de amor.

Conseguir admitir que realmente estamos apaixonados é algo que poucas pessoas se podem louvar.

Conseguir sentir que realmente precisamos e nos sentimos bem com alguém, sentir que o perfume dessa pessoa nos faz conjugar as nossas duas almas numa só, sentir que quando cruzamos as mãos é quase como se estivessemos a juntos dois corpos num só, admitir que desde o momento que conhecemos essa pessoa começamos a sentir o chão fugir-nos do chão, começamos a pensar que haja possibilidades de nos sermos felizes, e o mais importante de tudo, começamos a acreditar no amor.

Pensamos que podemos voar, pensamos que qualquer dor seja distanciada pelas palavras doces que ouvimos e queremos acreditar que sejam sentidas, começamos a envolver-nos num mando de demonstração de afectos e carinhos infindável, começamos a por em causa qualquer impossiblidade de incompatibilidade que possa haver entre nós, começamos a sentir a conjugação de almas ... mas alguma vez pensamos que isto tudo não seja sentido mutuamente ?

Quando começamos a amar alguém não amamos só com o coração, amamos com todos os orgãos do nosso corpo, mas o coração e o nosso cérebro, é de todos os que sofrem mais. Enchem-nos o coração de melodias melosas, de palavras repletas de ternura, e quando inicamos uma nova jornada com o aliado amor, damos por nós, e temos o coração caído no chão, expezinhado, massacrada por tudo o que de pior pode acontecer. Quando voltarmos a receber o nosso coração e o nosso cérebro, vem de tal forma atrofiados... No coração guardamos novas cicatrizes, causadas por um alguém que por motivos que muitas das vezes nunca chegamos a conhecer, fez com que todos os sonhos, todas as palavras, todos os carinhos, deitassem por terra qualquer chance de alcançar uma saudável felicidade. No nosso cérebro, guardamos todas as porcarias que deveriam de ser descartadas, enpacotadas e deitadas foras da nossa vida. Apagadas, como fazemos no computador; o pior é que mesmo quando apagamos algo no computador, nunca fica completamente apagado, fica na reciclagem, que basicamente fica guardado noutro lugar, nunca desaparece mesmo.

É isso mesmo que deviamos de evitar. Nunca devemos guardar as nossas memórias, momentos, todas estas coisas, noutro lugar. Temos que conseguir ser fortes e seguir em frente.

Por mais sentimento que tenhamos nutrido por essa pessoa, por mais tempo que tenhamos perdido com essa pessoa, a afogar e a enganar o nosso coração de que talvez aquela pessoa seja a certa, essa pessoa e nós, não temos o direito de ficar acorrentados a um passado com cara mal lavada.

Ainda hoje é o dia em que me lembro de coisas que passei com pessoas que entraram na minha vida; ainda hoje é o dia em que muitas das vezes me vem as lágrimas aos olhos de pensar no que passei com elas; ainda hoje é o dia em que, forte, continuo a batalhar com os meus próprios fantasmas.

Ainda hoje é o dia em que tenho saudades, ainda hoje é o dia em que não entendo o coração.

Ainda hoje é o dia em que não encontrei um dicionário para a fala do coração (...)