domingo, 3 de abril de 2011

já chega.

Já se torna insuportável…

Quando chegamos a um certo ponto e perdemos o sentido e o rumo deixamos cair qualquer tipo de possível chance para prosseguir num caminho que tomamos como certo para algo que ninguém pode sequer tomar por certo, porque no final de um dia, o amanhã ninguém o consegue saber, só sentir.

Eu sei que podes achar o mais irónico possível eu sequer estar a proferir-te em todas estas palavras, mas eu preciso de deitar isto tudo cá para fora. Não dá para manter as coisas a ferver aqui no meu peito… tenho que de uma vez por todas deixar de remexer nas águas passadas, que como todos dizem, não movem moinhos.

Tu foste tão mas tão idiota! Nem pelo menos imaginas o ódio, o rancor que tenho comigo sempre que penso em ti… No tempo que perdi contigo ao deixar-me levar ao timbre da doçura das tuas palavras, do carinho com que chamavas e me perguntavas de estava bem. Aqueles momentos, em que realmente sentimos que afinal existe alguém que se preocupe connosco, alguém que para o além de sentir que se preocupa, o demonstra… Tu não imaginas o quão reconfortante isso é, o quão importante, especial me fazia sentir.

A única coisa que me enerva mais é que eu já não te conheço. Já não sei no que tornas-te depois de tudo isto.

É tão incómodo sentir tanto ódio, tanto medo por alguém… tanto arrependimento.

Sabes… sempre que penso no tempo que passamos juntos, fico tão nostalgicamente feliz. Fico com aquela sensação de adolescente inocente que caiu pela primeira vez nesse feitiço chamado amor, que de um momento para o outro substitui qualquer tipo preocupação em secundário, e suga qualquer função dos órgãos que temos dentro de nós, só restando o coração. Esse fica maior e maior a cada momento que passa, por estar a ser alimentado por palavras que nos fazem levitar, por palavras que nos deixam à nora de qualquer tipo de realidade.

Mas elas são só isso, palavras. Subestimamos o significado de uma palavra, por um significado de um diálogo surdo e mudo de um coração que julgamos ser sincero, mas infelizmente não… vindo de ti, só poderia esperar mentiras, a cada segundo.

As mãos geladas e soadas, o corpo trémulo, as maças do rosto arrozadas, o coração a bater a mil à hora, isto tudo. Para quê? Eram mentiras.

O pior de tudo, foi quando ainda tiveste coragem de concordas com todas as verdades que te atirava à cara… isso foi o pior; descobrir que às vezes termos razão, nos pode magoar ainda mais do que uma mentira.

Porra, qual é o mal de estarmos sozinhos? É bem melhor do que usarmos alguém, só por querermos ouvir desabafos de um coração embebedado por mentiras… Magoar alguém para servirmos no molde que nos querem impor.

Nem tu, nem ninguém tem direito a obrigar alguém a sentir-se magoado e a carregar uma dor que foste tu quem a provocou. Tu não és ninguém para fazer a merda que fizeste à minha vida, e é exactamente por isso que eu te abomino.

Tu quebras-te a meia dúzia de promessas que me fizeste, deixaste-me sozinho horas a fio à espera de um corpo que nunca chegou a aparecer, tu destruíste as ilusões que as tuas sádicas mentiras criaram, e agora?

Agora tens outra pessoa na tua vida que segundo o que sei, dizes ser “a pessoa da tua vida”, mas vai na volta, e fazes tudo o que me fizeste a mim, SÓ porque tens medo de ser uma pessoa sozinha, sem uma pessoa que te chame de “amor” quando te apetecer… És tão infantil que nem eu sei como é que não me apercebi disso em ti. Como é que uma pessoa com uma mentalidade destas me pode ter feito jurar amores, fazer promessas. Meu Deus! Que idiota que fui!

Enfim, se fosse a falar de toda a raiva que tenho de ti ainda ias ouvir umas quantas coisas que nem de escrever me iria orgulhar agora, por isso (acho) que vou ficar por aqui.

Mas adorava que soubesses que apesar de tudo, desejo que sejas o mais feliz que alguma vez nesta vida consigas, mas de mim, nunca mais esperes ouvir uma única palavra terna que seja.

Para mim, morreste no meu coração por a triste história falsa e reles que me fizeste escrever, com o mais puro conteúdo de uma história de amor, a pureza de um sentimento sentido com o coração.

Pediste-me desculpa, eu aceitei-as, mas nunca esperes que me vá esquecer porque quem sente não esquece.