segunda-feira, 30 de julho de 2012

almost wished you can have all that back...


Está uma noite fria lá fora. Dou por mim na minha varanda a fumar mais um cigarro e a olhar para as luzes da rua. Dou por mim a olhar para a estação de comboios e a imaginar.
Imagino tudo o que nunca mais vai acontecer que é, ver-te chegar numa surpresa presença áquela estação que algumas vezes te fui buscar e te trazia feliz para minha casa. Aqueles momentos súbitos e rápidos em que te abraçava e prometia a mim mesmo que voltarias.
Dou por mim a querer um sonho, e uma realidade que talvez o amanhã possa trazer por escassas que sejam as probabilidades reais. Por mais atrucidades de lidar com o "não vai acontecer", existe sempre algo que nos consome e nos põe na margem da dúvida do que realmente vai acontecer e aquilo que queiramos que aconteça. Sonho ou realidade ou realidade num sonho.
Não se chama desejo aquilo que sonhamos. Pelo menos eu não o chamo assim. É sabermos no junto que isso um dia já aconteceu.
Não é assim tão ilementar a ideia que criamos quando imaginamos. Há que saber lidar com os factos. Há que saber valorizar a capacidade que adquirimos com o tempo de admitir um erro. Há que saber que é péssima a ideia de sentirmos que alguém nega algo que sabemos nós que disse com o coração sincero. É mau deixar alguém na dúvida.
Isto tudo, nem eu nem tu o merecemos. Andamos como disseste a matar-nos por dentro.
Pensas que não custa sentir-me num mundo de imaginação com a autoria de memórias e desejos e com o teu nome assinado por baixo? Não te quero perder, e isso é notório. Não te quero prender, porque isso é impossível e sempre foi. Não quero comandar a tua vida, quando nem sequer consigo lidar com a minha. Perdi as rédias da minha história à algum tempo, desde que senti que perdi algo que julgava nosso. Não te quero culpar, mas também não quero dizer que não tens culpa nenhuma no cartório. Simplesmente gosto que me ouçam quando sei que tenho a verdade nas minhas mãos, para não me sentir mal interpretado.
Sinceramente sinto que não estás presente quanto ao facto das minhas explicações. Não tenho nada a perder como te disse. Já te perdi para alguém, acho que isso me chega. Só não quero que digas ou faças algo que mais tarde te venhas a arrepender, porque não queiras sentir que te estás a arrepender de uma oportunidade de algo que não queres ter, sentir ou dizer. O tempo continua a passar e a imagem da estação não me sai da cabeça e não sei porquê.
Talvez porque seja um sinal. Não creio. Deixei de me acreditar neles e passei a acreditar naquilo que sei. Ou melhor, sabia. Ai, não sei...
Sinto-me cansado de imaginar o amanhã, mas também não sei lidar com o presente sem ti aqui, como nos velhos tempos.
Não vou escrever o que já sabes porque já te disse vezes sem conta e já nem sequer causa algum tipo de impacto ou expressão em ti. Dizer-te que tenho saudades tuas, passaram a ser só palavras. Custa-me ouvir palavras impensadas da tua parte, custa-me ver o "nós" desmoronar-se e a ser pisado por um camião.
Não vale a pena sequer escrever isto tudo porque provavelmente não vais ler nada que venha de mim. Em outros tempos não te limitavas a dizer que "tu sabes o que acho dos teus textos..."
Mas... caso estejas a ler, não sei o que mais te diga a ti.
Novidades para ti? O meu corpo não aguenta nem sabe ser mais sincero do que aquilo que tenho sido contigo. Não suporto que interpretes a minha verdade como uma afronta e a mais uma dúvida...
Custa imaginar que quase sentimos vergonha que alguém seja assim tão importante para nós. Custa imaginar que estamos tão vulneráveis a alguém como um peixe fora de água. Aliado a isso, continua sempre dentro de nós por mais minima que seja a esperança de um "quem sabe um dia...", e sabes que mais? Enquanto no final do dia, tu estás aparentemente bem diguemos a odiar-me e a fartar-te de mim, eu estou sentado na minha varanda a fumar e a olhar para a porra da estação à espera que apareças, merda.
(Ps: Eu fiz-te feliz, tu sabes disso. Pensa.)
Só não quero, no meio disto tudo que o tempo passe, e os anos corram para um dia mais tarde vermos que nada disto era suposto, ou talvez vermos que realmente isto foi o melhor.
Não quero que todas estas discussões estejam embrulhadas com o tempo e o resultado é magoarmo-nos sem intenção, para no final o resultado ser uma manta de solidão para tapar todos os erros que não queriamos cometer.
Mas sabes... isto tudo dá que pensar... até que ponto é que eu fui realmente importante para ti? Para mim, tu sabes melhor do que eu até, o que foste para mim, ou melhor o que ainda... Mas então e eu ? O que é feito de mim no teu coração?
Fui expulso?
Mandaste-me num exílio e entretanto tirares umas férias de ti mesmo, para depois voltar?
És bastante dificil de entender, mas sabes somos pessoas. Temos várias formas de nos entender. Temos é que explicar as coisas como elas realmente acontecem e não como as entendemos. E depois se entendermos bem, venham as conclusões explicadas.
Neste momento só te quero oferecer uma hipótese. Um amor magoado e um orgulho perdido. Mas agora, tenho duas hipóteses. esquecer-te e ter-te como um alguém amado mas perdido, ou ter-te simplesmente com calma. E isto já foi dito, mas nunca deveria sequer de ter dito, porque isto é muito meu.
Mas pelos vistos as coisas tem que ser ditas e vistas como uma maneira de gritar pela esperança, ou que ela desapareça, rápido.
Ps: 26661833...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

perdidos e achados

Numa fala muda de marionetas articuladas pelo vento, ficaram pedaços de um ser humano julgado perdido… Um ser humano onde a esperança havia julgado perdido, um ser onde o tempo passou sem sequer um olhar fugaz ter tido. Julguemos apenas uma pessoa no meio de outras muitas mais, onde nunca iríamos pensar que dessa mesma pessoa, poderiam existi algo nobre e raro como um sentimento, algo diferente do habitual e convencional, algo que só com um olhar nos pudesse arrancar do chão sujo da rua, e levitar-nos para a nuvem mais distante, e sermos delicadamente beijados por esses lábios.

Nunca julguei dizê-lo mas voltar a amar é tão único, é tão doce… mas espera, eu no fim de tudo nunca soube o que era realmente amar alguém. Nunca me senti suficientemente valorizado por alguém, nunca me senti com valor suficiente para confortar alguém e sentir pouco mais que bons momentos com essa pessoa. Não passaram de meras pausas normais, passadas sem ser comigo mesmo, a contar os minutos do meu dia, numa tentativa exaustiva de trazer até mim algo novo… Cansava mesmo simplesmente existir por motivos desconhecidos, por causas perdidas e por pessoas estupidamente insignificantes onde seriam incapazes de desabrochar qualquer tipo de sentimento sobre um chão de pedra. Sim porque toda a gente sabe que mais tarde ou mais cedo a pedra acaba por partir e desabar.

Relembro-me como se fosse hoje o dia em que te vi… Tenho presente todas pedras da calçada que juntos começamos a caminhar junto do rio Douro, tenho comigo presente o primeiro impacto de um toque finalmente reconhecido pelo meu coração, tenho guardado em mim o primeiro beijo nos mais perfeitos lábios que beijei até este dia. Tenho-te comigo no coração como se fosse o primeiro dia de tudo.

Vamos amor, faz as malas e vamos juntos dar um passei pelo tempo. Trás apenas na mala as recordações, os momentos que passamos juntos, e um coração cheio de sentimento, porque juntos eu sei que o mundo faz sentido.

Não é uma promessa, é um coração a esbanjar com um sentimento, e uma mão com tudo para ser feliz
 
12 de Dezembro de 2011, no novo Lar*

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

isto vai mudar, é uma promessa.

Fiquei sem ar. Fiquei sem qualquer réstia de fôlego que o meu sangue pudesse reter. Fiquei saturado de comprimir os meus pulmões num ambiente onde não quero nem posso estar.

Não é aqui que eu pertenço, não é aqui o meu lugar. Não são estas as pessoas que me fazem felizes, nem tão pouco se esforçam por serem. Agora que penso, fico mesmo com dúvidas se alguma vez foram. Eu sei onde pertenço, sei onde me vou sentir bem, e sei que não é aqui. Este lugar já não é mais meu, já não é o que foi em tempos. Acho que é bem claro que quero fugir daqui. Notasse bem que não reconheço qualquer rosto em meu redor, notasse bem que estou farto de me sentir preso na mesma situação, acorrentado pelas circunstâncias que nem sequer sou eu que dito ou escolho.

Quero deixar tudo isto para trás, e quero começar uma vida, contigo. Quero honrar-me de pelo menos ter tentado descobrir como é ter-te todos os dias da minha vida perto de mim. Quero sentir que realmente temos tudo o que sempre quisemos, conseguimos ter um vida nossa, com o pouco ou o quase nada que conseguirmos. Pelo menos sei que vou acordar e ter-te comigo e deixar de vez de ter que abrir os meus olhos ensonados e fazer beicinho para o outro lado da cama porque não estás comigo, e ter de te mandar mensagem de bom dia, em vez de te beijar e abraçar-te e dizer-to baixinho como custumamos fazer.

Estas discussões todas à minha volta, estes atritos, estas tentativas todas de tentarem comandar a minha vida sem permissão ou desejo, deixam-me tão frustrado por ter deixado isto tudo chegar a este ponto... Deixam-me mesmo triste por não serem capaz de entender que a minha felicidade não está comigo, porque me estão constantemente a roubar-ma. Deixem-me viver os meus sonhos, ou deixem-me tentar realizá-los. Deixem-me errar, porque é disso que a vida é feita. De tentativas, de riscos, de erros, de tudo misturado com um resultado só. Não é dificil de entender que quero ser feliz, ou é impossível ?

O que me custa mais, é saber que te estou a magoar com tudo isto... Que te estou a arrastar para uma situação incontrolável, e que isso nos deixa inseguros. Às vezes penso que não sou capaz ou insuficiente para conseguir fazer-te sorrir e ter-te feliz... Tenho uma vontade tão grande de conseguir provar-te que finalmente vamos morar juntos, como sempre quisemos, como sempre sonhamos. Tempo e paciência, é só isso que te peço. Por mim, e por ti, vamos conseguir... Continuamos a acreditar, panda?

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

cena de filme.

Os sonhos nunca irão ser demais. As memórias é que seriam pesadas e longas o suficientes para me ocuparem breves momentos do meu dia, durante muito tempo.
Continuo com as mesmas teorias de sempre, contigo o mesmo de sempre. O meu coração ficou embalado com um alguém de um filme que nem sequer existe. Fiquei enamorado, com a simplicidade, a facilidade, o carinho que vi durante todo o tempo do filme. O carinho que o ser humano é capaz de entregar e disponibilizar a alguém é de uma capacidade extraordinária. Amamos alguém, quando sentimos que assim tem que ser, e amamos porque essa pessoa, tal como nós, precisa de amor, porque é um pedaço de nós. Sinto saudades de sentir um abraço em que em breves segundos me sinta realmente confortado, me sinta em casa, e me sinta protegido da tempestade que a noite traz.
Quero viajar, e quero ver o que ainda não vivi. Gostava de sentir a sensação de visitar um lugar onde nada me fosse familiar, e me sentisse "quase" perdido e me sentisse no dispor de descobrir tudo o que me vai rodear. Quero sentir um ar novo, quero caminhar onde os meus pés nunca teram caminhado, quero ver caras novas e desconhecidas, quero sentir-me bonito outra vez, por sentir que ninguém me irá conhecer e talvez julgar.
Quero encontrar alguém que não tenha medo de entrelaçar as mãos no meio da rua, e passear a meu lado sem qualquer tipo de julgamento ou vergonha. Quero acordar de manhã e olhar para o espelho e ver essa pessoa a arranjar-se para ir trabalhar enquanto eu faço a tipíca cara de "fica mais um bocadinho comigo" num cruzar de olhares fugaz pelo espelho.
Viver um filme e adaptá-los à minha medida e às minhas circunstãncias, quero tê-lo só para mim e saborear qualquer tipo de emoções e sensações que este me venha a entregar.
Depois de termos explorado todos os lençóis que nos cobriam cobriam naquela noite quente de verão, quero acordar durante a noite e aconchegar-me no seu corpo, quero sentir de que suavidade de anjo é feita a sua pele, quero sentir a leveza do ritmo do seu coração, e quero que o meu jeito fale por mim e me deixe transparecer sem qualquer pergunta... Vou dar asas ao tipíco clichê, "um olhar vale por mil palavras" e ver o pingo de veracidade que nisso existe.
Sentir a sua mão passar por todos os cantos do meu corpo, deixar que o seu corpo descubra o meu sem qualquer medo do que possa acontecer. Deixar os meus defeitos, as minhas qualidades, os meus traumas, tudo a nu, tal como os nossos corpos. Somos só nós, um quarto e um alma conjunta no romantismo de um àpice de sedução misturada com caricías.
Quero que as minhas tardes sejam passadas tal como no filme, a ver filmes deitados no sofá, cobertos por um cobertor macio que nos cobre apenas da cintura para baixo, sinto um braço a envolver-me com ternura e uma mão pousada em cima da minha. Depois de um jantar com todas os aprumes que um jantar digno de um filme romântico deve ter, acabavamos por adormecer os dois na mesma cama, eu com a minha cabeça sobre seu peito, ouvindo baixinho: "eu txi amo, porque você precisa de amô".

terça-feira, 16 de agosto de 2011

fala de botões...

Tentei esconder-me dos caminhos que ao longo do tempo fui trilhando, tentei esconder-me por detrás da minha própria sombra, numa tentativa exaustiva de não trazer o passado comigo, e falhei. Como um pescador perdido numa trovoada e alto mar, cansado, com os olhos queimados de tantos anos de sol, praticamente cego, é assim que me sinto. Preferia mesmo não conseguir ver, porque como custumo pensar, longe da vista longe do coração. Quem me dera que fosse verdade. Quem me dera que por segundos fosse verdade.
Tentei lembrar-me de tudo, e nesse momento nada me veio à mente. Passado algum tempo durante o meu dia, as coisas iam-se tornando claras como imagem momentâneas a decorrar mesmo à minha frente. Foi tão estranho tudo o que eu pensei hoje, foi quase como se estivesse a passar pelas mesmas circunstâncias, tudo de novo.
Cheguei a um ponto que já nem sequer me conheço. Sinto como se me tivessem atirado de uma ponte e continuei durante este tempo todo a cair e ainda continuo, mas quando chegará o chão... Quando chegará o tempo em que vou de novo conhecer o chão que caminho, e os caminhos que vou conhecer ainda... Quero esquecer, e quero perdoar, mas acho impossível, pelo menos agora. Gostava de entender, mas não tenho quem me explique. Mas deixa, eu vou tentando em silêncio perceber com o murmurar do meu coração...
Será que é assim tão mau pensar demais? Sinceramente já não consigo ter uma opinião sobre isso. Eu custumo dizer, "penso demais, é esse o meu problema" mas caramba, quem pensa, sente e quem sente é gente. Muito sinceramente, gostava de apagar umas quantas memórias de mim, pelo menos a parte má de todas elas, aposto que não estavas metido na cama e a escrever aqui, de certeza...
Não me arrependo de nada porque me limitei a seguir a minha sinceridade, mas arrependo-me do tempo que perdi, isso irei arrepender-me sempre de todas as promessas que ouvi para no fim, passarem em vão.
Não estou só a falar de ti, mas de muita gente. Acredita que o que me tem valido são as saídas e as "aventuras" que tenho tido neste tempo todo, isso sim, me dá vontade de dar uma valente gargalhada... Agora tu?... Tu fazes-me dar um sorriso com encanto de nostalgia, e pelo menos, sabes o que é isso?

quinta-feira, 28 de julho de 2011

nó cego.

Deitei-me sobre a rede de pano, confortei-me nas minhas próprias roupas, confortei-
me no meu prório corpo, deitei a minha cabeça sobre a almofada e ali fiquei, a admirar as milhentas estrelas que o céu hoje tem.
Tentei ocupar a minha mente, o meu corpo, e o meu coração com tudo o que não me fizesse lembrar de ti, de tudo o que não fosse teu, ou estivesse inevitávelmente agregado a ti.
Fechei os olhos. Foi difícil, mas por segundo senti-me perto das nuvens, senti-me bem, e consegui sorrir, por finalmente ter-te tirado da minha cabeça. Foram milésimos de segundos até voltares de novo a mim. Senti o meu corpo tremer, como se entrasse dentro de mim de novo com o ar que respirei naquele momento. Como se o ar que respirasse fosse tão pesado, tão insuportável, tão conhecido meu que me fez suspirar logo de seguida.
Tenho de arranjar forma e força de te desenlaçar da minha vida, tenho de desatar este nó que tenho no coração que mal me deixa viver. Sinto-me perseguido pela tua presença, pelo teu ser, pela tua voz que me atordua a cabeça de tanta a imaginar ouvir, pelas saudades do teu toque imprevisível, pelas palermices que nos ficavamos a rir durante horas, pelas birras parvas que tinhamos... Os meus corpo tem o teu cheiro, os meus dias tem pedaços estilhaçados de ti. Simplesmente, desaparece de mim, e leva tudo contigo. Faz como quiseres, só quero ver-me livre deste peso maior, que não quero carregar nas minhas costas, mas principalmente no meu coração. Quero fugir de ti, e ver-te finalmente como algo resolvido dentro de mim.
Depois acordei. O cigarro estava a queimar-me os dedos, e voltei à realidade. A minha mente já está ocupada de novo, a pensar de ti.
Fodasse. Que parvoice a minha.

http://www.youtube.com/watch?v=r_8ydghbGSg

sexta-feira, 22 de julho de 2011

na minha pele.

O meu peito enche-se de ar, e ao expulsá-lo sinto que bocados de ti saem de dentro do meu corpo e do meu coração. Sinto que cada suspiro que consiga dar, te sinto cada vez mais distante, cada vez mais longe de tudo o que é meu.
Tal como já li hoje, tudo o que rechei-a o meu dia tem o teu cheiro. Sinto o teu perfume entranhar-se no meu corpo, na minha pele. Tento livrar a minha mente de tudo o que é teu, mas só por uns meros 5 segundos... Fico apático a olhar para o meu reflexo no espelho. A minha pele secou, os meus olhos ficaram sem brilho, os meus lábios ficaram sem saber o que dizer mais para te trazer de volta, e a seguir a isto sinto uma presença atrás de mim, e fixo o meu olhar no espelho, e imagino numa tentativa frustrada que estás atrás de mim e me abraças, e os dois olhamos para o nosso reflexo, como em tempo fizemos.
E visto que estou em marés de admitir tudo, sim admito que te amo como se fosse o primeiro dia de tudo, independentemente de tudo o que se tenha passado entretanto. Preciso de ti, porque em ti via algo diferente, via um porto que me inspirava confiança, via alguém com quem passar uma vida, e não uma relação.
Tomei desconhecidos todos os planos que tinhamos e tinha imaginado para nós. Imagina agora quando chegar à altura em que os tinha imaginado, e não estiveres lá. Vou sentir um aperto no coração de imaginar que naquele momento estás com alguém.
Nas noites que passamos juntos, ficava horas a fio perdidas de sono, a olhar para a tua cara de anjo ao adormecer, e ficava ali só. A mimar-te, a beijar-te a testa em sinal de respeito e de amor. Em sinal de que acima de tudo precisava de ti, e me sentia o Homem mais feliz por estar ali contigo. Eu e tu. Corpo com corpo.
Os teus abraços vou deixar imensa saudade também. A força com que me apertavas e puxavas para perto de ti era enorme significávelmente para me por com uma lágrima de felicidade por me sentir realmente importante pelo menos para uma pessoa.
Gostava e queria ter-te de volta e chamar-te de meu Mundo, mas se preferes assim, eu respeito, e talvez um dia te venha a dar razão.
Um dia.
Entretanto, continuas com o meu coração que ambos trocamos, não sei se continuo com o teu, ou se alguma vez me chegas-te a entrega-lo. Se sim, vou guardá-lo como bem mais precioso, para sempre. O meu? O meu podes guardá-lo, talvez um dia eu venha a precisar dele de novo.
Amo-te, é pequeno demais para mim, e demasiado para ti ...*

terça-feira, 12 de julho de 2011

do ínicio ao fim.

Passamos tanto tempo. Tanto, o suficiente para me fazer perder qualquer conhecimento do meu corpo e da minha alma. Quando nos entregamos a alguém, perdemos qualquer tipo de noção, do que é certo ou arriscado, do que é errado do que é impossível.
Conseguimos aventurar-nos num mundo novo. Exploramos qualquer conhecimento, qualquer tipo de informação que nos faça sentir bem. Bem o suficiente para deixarmos numa tentativa frustrada todas as marcas de uma passado engrato por alguém.
É custoso arrastarmos connosco tudo o que nos embala e entala na garganta, só para não termos discussões idiotas, e só para estarmos bem com alguém.
Quero odiar-te, e no momento a seguir digo que te amo baixinho para me conformar de que esse ódio não tem complemento suficiente para crescer. Quero ter-te ao meu lado e abraçar-te com força como costumavamos fazer, mas no momento a seguir quero ver-te chorar, as lágrimas que com rancor não consigo chorar por ti.
Sinto que mais uma vez me deixei consumir por algo que não tinha ponta por onde se pegar... Deixei-me levar pelas tuas palavras, pela doçura dos momentos, pelo carinho das tuas mãos, para no final ficar no ponto de partida, ficar sozinho, com novas feridas, sem ninguém lá para cuidar de mim.
Perdoei-te muitas coisas, coisas essas que nunca pensei passar em vão, e sequer perdoar. Arrependo-me hoje quando me disseste que eras tu quem não conseguia confiar em mim, quando os erros eram apenas e só teus. Foste a única pessoa culpada para o começo de um holocausto de emoções, foste tu a culpa de tudo o que aconteceu desde então.
Por muitas forças que queira dispor para que na minha cabeça, e mais importante no meu coração se faça entender tudo isto, não consigo chegar a nenhuma breve conclusão. Não consigo entender, não consigo exprimir qualquer tipo de palavra ou explicação lógica para isto.
Sê feliz, e espero que sintas mesmo saudades minhas, e se sentires que chores, porque porque tu assim quiseste eu não vou ser quem te vai enxugar as lágrimas, mas alguém.
Ficas-te agora a saber mais do que aquilo que te esperava dizer, o resto... O resto conto-te tudo noutras histórias... Esta, esta já foi uma história que virou tragédia.
Sinto que me fizes-te desperdiçar tempo da minha vida, sinto que não signifiquei nada mais do que um passatempo em ti. Fui alguém que te proporcionou momentos que nunca imaginas-te passar, fui alguém que foi capaz de te olhar nos olhos e dizer que te amava com uma lágrima de euforia no rosto.
Fui um Homem. Fui capaz de fazer-te feliz, coisa que conseguis-te fazer de mim, mesmo que com mentiras, e palavras cruzadas com significados adversos.
Guardei as saudades. Por agora, ainda me encontro num sitio em que nem eu próprio me enquadro, ainda não caí na real veracidade de tudo. Ainda não expliquei ao meu coração que realmente te fizes-te perder nele. Que já simplesmente não existe mais aqui. Ficaram pequenos bocados de um tudo que agora é nada.
Mas agora, o nada tornou-se um tudo tão enorme que nem tu nem eu imaginamos.
Ficaram memórias, pequenos textos, pequenos flashes de grandes momentos. Prefiro pensar para mim que tudo o que disseste foi sentido. Prefiro sentir que não passou de outra ilusão do meu coração e que realmente fui amado, nem que seja por 5 minutos a mais daquilo que espero agora.
Julguei-te um ser perfeito, mas como tu uma vez me disseste "a perfeição só existe aos nossos olhos", agora sei dar-te toda a razão nisso. Não existem pessoas perfeitas, nem eu. Podemos passar momentos inesplicavelmente lindos, quase perfeitos, podemos dizer palavras que nos tocam bem no fundo do coração, mas no final do dia, ninguém é perfeito. Ninguém.
Fico apavorado de pensar o quando idiota eu fui em acreditar. Nunca deveria de ter acreditado que desta vez ia passar de uma relação a uma vida. Nunca há-de ser assim. Tão cedo não quero pensar assim. Ou melhor, tão cedo não quero pensar. Vou limitar-me a agir consoante aquilo que eu sei.
Só te peço para guardares aquilo que eu disse com sentimento, aquilo que eu disse com verdade. Porque eu em momento algum te fui capaz de mentir, em momento algum te dei margem para duvidares e mim e não confiares em mim. Não fui eu quem fiz todos estes erros.
Errei, sim. Mas se parares para pensar, vais ver que os meus erros nem sequer merecem consideração em equivalência com os teus.
Os meu erros, foram erros inocentes, os teus foram suficientes para me fazer duvidar, e para me magoar.
Não te vou mentir. Vou ter saudades tuas, mas mais uma vez como tu disseste "o tempo cura tudo", e eu assim quero acreditar, porque com as peças que deixas-te soltas tenho mais que motivos para ganhar forças e seguir em frente.
Desejo que sejas feliz, e que nunca, nunca venhas a descobrir o que é ser magoado como eu fui. Espero que na vida que tens pela frente, nunca te façam aquilo que me fizes-te, que nunca te digam o que eu te disse, e no final fazerem como tu: não passarem de palavras bonitas.
No dia que precisares de mim, não vou ser capaz de te recusar ajuda, mas nunca irá sem o mesmo. Vais remexer com aquilo que guardei, com aquilo que quero esquecer.
Sim, quero esquecer-te a jogar-te ao mar numa folha de papel repleta de verdades que te iria dizer se tivesse coragem, mas não quero ser mal interpretado. Tudo o que deveria de te ser dito, eu já te disse.
O resto ficarás a saber, noutra história, porque esta eu já me cansei de escrever em vão.

De ti, prefiro só as memórias.

terça-feira, 24 de maio de 2011

"Se tu davas tudo, eu dava o impossível."

Ó amor, que foste tu me fazer. Que grande partida me foi aparecer na vida... Nunca pensei de forma tão clara. Nunca pensei voltar ao lazer que um sonho traduzido para uma vida.

Sabes aquela sensação de quando nos sentimos uma pessoa estragada? Que já não conhecemos salvação ou recuperação possível? Deixamos de confiar, de entregar, de falar, deixamos de viver qualquer tipo de sentimento que queiramos ou consigamos criar no nosso coração. Deixamos simplesmente de viver em função independente daquilo que sentimos. Simplesmente existimo. Eu conheço tão de perto todas estas letras...

Os meus dias eram somente isso. Umas quantas horas em que abria os olhos e ficava a rondar o tic-tac do relógio sem saber sequer o que iria fazer hoje, muito menos amanhã. Ou melhor, se sequer haveria um amanhã.

Deixei de acreditar num amanhã, é verdade. Deixei de contruir qualquer tipo de objectivos ou etapas para a minha vida. Vivia um dia após o outro, sem rumo ou destino.

No meio de toda este enublado céu que criei na minha cabeça, todos nós temos uma luz que mais cedo ou mais tarde conseguimos ver e sentir. Essa luz, foi como que se rasgasse toda a escuridão em torno de mim. Rasgou com tanta força e com tanta vontade que já não me lembro desses dias sombrios e frios.

Comecei a respirar de novo. Comecei a acreditar, em mim principalmente.

Tu, conseguiste com que me sentisse vivo. Tens noção daquilo que me preenches o coração? Tens noção daquilo que és na minha vida?

Por mais palavras que te escreva, por mais vezes que te conte tudo, por mais vezes que estejamos juntos. Acho que todo o tempo do mundo não seria aconselhado a contar-te tudo. Sim tudo, amor. A minha vida passou de um resumo de meias palavras, e um livro de milhentas páginas. Um livro que até eu próprio tenho vontade de desfolhar e sentir o perfume de um verdadeiro sentimento. Um perfume que nos envolve a alma e nos mima com a sua doçura.

Quero dizer-te tudo, e ao mesmo tempo não te quero dizer nada. O mais fantástico e íncrivel no enrolar de tudo isto, é que eu não sinto necessidade de te dizer, mas sim de sentir. Sinto falta de nutrir o meu coração com todas as vitaminas que durante anos e anos me foram roubando. Sem pedir permissão, entravam no meu coração, reviraram o que me custou tanto a arrumar, e depois como se não chegasse roubavam-me o que eu tinha de mais puro para entregar: um sentimento verdadeiro. Contigo não preciso sequer de me preocupar.

Eu sinto que tu, és a tal pessoa por que durante 18 anos esperei sentado no banco de um rua. Tu consegues fazer-me sentir o ser mais belo, o ser mais fantástico, só com o puder e a segurança que o teu olhar me entrega. O teu olhar penetra dentro de mim, a essência de qualquer tipo de misericórdia na minha alma. Não me consegues por um minuto sequer deixar-me inseguro por te ter entregado o meu tudo. Não me deixam balançando sobre todos os paços que consiga dar a teu lado. Entregaste-me um sentimento tão mas tão bonito que tornou-se tão ou mais essencial do que o ar que respiro. Sentir-me amado é tão mágico.

É isso mesmo. Esta nossa aventura, esta nossa história é mais mágico do que qualquer história de reis e rainhas, príncipes e princesas. Das-me mesmo vontade de logo no ínicio de tudo contar-me que sou tudo a teu lado. Que sou completo, que sou teu, que vou ser "feliz para sempre".

Nós temos magia, nós temos a verdadeira chama do amor do nosso lado. Sinto que o teu corpo, a tua alma, o teu coração se tornou mais viciante do que uma droga. Qualquer segundo que passe a teu lado, é como se o meu espírito estivesse em paz para sempre.

Meu anjo, tu conseguis-te fazer-me acreditar de novo. Fazes-me acreditar que consegues delinear todos os traços da minha alma. Fazes-me conseguir desenhar um esboço do teu rosto de olhos fechados, pela calma que ele me dá.

Enfim, basicamente estou a assumir, aqui e hoje que estou completamente apaixonado, e que acredito em nós. Mas por momentos fiquei assustado porque, esta será a minha primeira vez que realmente AMO alguém, porque por ti eu caminharia por todo este universo só para saber que no fim, te teria a meu lado embalado nos teus braços. Amo-te, e isso não chega.

domingo, 3 de abril de 2011

já chega.

Já se torna insuportável…

Quando chegamos a um certo ponto e perdemos o sentido e o rumo deixamos cair qualquer tipo de possível chance para prosseguir num caminho que tomamos como certo para algo que ninguém pode sequer tomar por certo, porque no final de um dia, o amanhã ninguém o consegue saber, só sentir.

Eu sei que podes achar o mais irónico possível eu sequer estar a proferir-te em todas estas palavras, mas eu preciso de deitar isto tudo cá para fora. Não dá para manter as coisas a ferver aqui no meu peito… tenho que de uma vez por todas deixar de remexer nas águas passadas, que como todos dizem, não movem moinhos.

Tu foste tão mas tão idiota! Nem pelo menos imaginas o ódio, o rancor que tenho comigo sempre que penso em ti… No tempo que perdi contigo ao deixar-me levar ao timbre da doçura das tuas palavras, do carinho com que chamavas e me perguntavas de estava bem. Aqueles momentos, em que realmente sentimos que afinal existe alguém que se preocupe connosco, alguém que para o além de sentir que se preocupa, o demonstra… Tu não imaginas o quão reconfortante isso é, o quão importante, especial me fazia sentir.

A única coisa que me enerva mais é que eu já não te conheço. Já não sei no que tornas-te depois de tudo isto.

É tão incómodo sentir tanto ódio, tanto medo por alguém… tanto arrependimento.

Sabes… sempre que penso no tempo que passamos juntos, fico tão nostalgicamente feliz. Fico com aquela sensação de adolescente inocente que caiu pela primeira vez nesse feitiço chamado amor, que de um momento para o outro substitui qualquer tipo preocupação em secundário, e suga qualquer função dos órgãos que temos dentro de nós, só restando o coração. Esse fica maior e maior a cada momento que passa, por estar a ser alimentado por palavras que nos fazem levitar, por palavras que nos deixam à nora de qualquer tipo de realidade.

Mas elas são só isso, palavras. Subestimamos o significado de uma palavra, por um significado de um diálogo surdo e mudo de um coração que julgamos ser sincero, mas infelizmente não… vindo de ti, só poderia esperar mentiras, a cada segundo.

As mãos geladas e soadas, o corpo trémulo, as maças do rosto arrozadas, o coração a bater a mil à hora, isto tudo. Para quê? Eram mentiras.

O pior de tudo, foi quando ainda tiveste coragem de concordas com todas as verdades que te atirava à cara… isso foi o pior; descobrir que às vezes termos razão, nos pode magoar ainda mais do que uma mentira.

Porra, qual é o mal de estarmos sozinhos? É bem melhor do que usarmos alguém, só por querermos ouvir desabafos de um coração embebedado por mentiras… Magoar alguém para servirmos no molde que nos querem impor.

Nem tu, nem ninguém tem direito a obrigar alguém a sentir-se magoado e a carregar uma dor que foste tu quem a provocou. Tu não és ninguém para fazer a merda que fizeste à minha vida, e é exactamente por isso que eu te abomino.

Tu quebras-te a meia dúzia de promessas que me fizeste, deixaste-me sozinho horas a fio à espera de um corpo que nunca chegou a aparecer, tu destruíste as ilusões que as tuas sádicas mentiras criaram, e agora?

Agora tens outra pessoa na tua vida que segundo o que sei, dizes ser “a pessoa da tua vida”, mas vai na volta, e fazes tudo o que me fizeste a mim, SÓ porque tens medo de ser uma pessoa sozinha, sem uma pessoa que te chame de “amor” quando te apetecer… És tão infantil que nem eu sei como é que não me apercebi disso em ti. Como é que uma pessoa com uma mentalidade destas me pode ter feito jurar amores, fazer promessas. Meu Deus! Que idiota que fui!

Enfim, se fosse a falar de toda a raiva que tenho de ti ainda ias ouvir umas quantas coisas que nem de escrever me iria orgulhar agora, por isso (acho) que vou ficar por aqui.

Mas adorava que soubesses que apesar de tudo, desejo que sejas o mais feliz que alguma vez nesta vida consigas, mas de mim, nunca mais esperes ouvir uma única palavra terna que seja.

Para mim, morreste no meu coração por a triste história falsa e reles que me fizeste escrever, com o mais puro conteúdo de uma história de amor, a pureza de um sentimento sentido com o coração.

Pediste-me desculpa, eu aceitei-as, mas nunca esperes que me vá esquecer porque quem sente não esquece.