quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Alento no coração ♥


Conheces aquela sensação, quando acordas e sabes todos os passos que vais dar quando saires da cama ... conheces os sitios onde te vais sentar, os sitios por onde vais passar, os sitios por onde vais permanecer algum tempo ... tens a sensação que perdes-te o alento para conseguires saboreares os teus dias.
Sabes quando estás num sitio, e tens a tua cabeça em constantes voltas de 180 graus, e te vem à cabeça momentos que não eram suposto ser lembrados ... eu respiro esses momentos todos os dias.
Sabes quando sentes um aperto no coração antes de adormecer e pensas que é o teu corpo saturado de estar sempre virado para o mesmo lado da cama e te viras para o outro lado e te agarras à almofada e sentes um aperto ainda mais forte e apertas a tua cara contra a almofada e sentes vontade de chorar ... eu sinto isso todos os dias antes de adormecer mas sinto-me orgulhoso por sentir-me assim, mas insisto tontamente em ser forte e não chorar.
Eu sinto necessidade de ser eternamente sincero com o meu coração, mas por vezes a vontade de o sufocar e empurra-lo para um quarto para onde ele não quer entrar, custa tanto como se me sentisse capaz de o abrir para ser sincero com alguém... mas para quê ? Por mais sentimentos que eu construa e os mostre de coração aberto, acabam sempre por ser derrubados e arrastados pelo chão por alguém que nem sequer foi capaz de ver o melhor que tenho para dizer, e ainda mais custoso ... o quão feliz eu sou capaz de fazer alguém que esteja disposto a sorrir e a partilhar o mesmo sorriso que eu.
Não vou dizer que preciso de alguém que me dê o alento e o apoio para encontrar a felicidade, porque realmente preciso ... eu sinto que a minha vida foi postade lado, e de repente lembrou-se e deciciu andar às cambalhotas, e às rodas e perdeu qualquer rumo que tenha pensado tomar antes. Sinto-me como se me tivessem tirado o chão, e eu estou em constante queda, e não sei, nem consigo saber quando irei cair no chão, e sentir-me de novo confiante para continuar a seguir um rumo, seja ele qual for.
Entretanto, eu cá me vou conseguindo aguentar, uns dias a sorrir, outros fingindo, mas é mesmo assim que tem que ser, senão nem sequer me sinto capaz de sair da cama. Mas eu admito... mais que um nó no estomago sempre que penso no que já vivi, tenho um nó no coração, e não sei se o consigo desatar, e se o quero desatar, mas deixa, o tempo vai tratar de me resolver problemas para os quais não tenho chave suficiente. Eu sei que sim... pelo menos espero-o.

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