terça-feira, 16 de agosto de 2011

fala de botões...

Tentei esconder-me dos caminhos que ao longo do tempo fui trilhando, tentei esconder-me por detrás da minha própria sombra, numa tentativa exaustiva de não trazer o passado comigo, e falhei. Como um pescador perdido numa trovoada e alto mar, cansado, com os olhos queimados de tantos anos de sol, praticamente cego, é assim que me sinto. Preferia mesmo não conseguir ver, porque como custumo pensar, longe da vista longe do coração. Quem me dera que fosse verdade. Quem me dera que por segundos fosse verdade.
Tentei lembrar-me de tudo, e nesse momento nada me veio à mente. Passado algum tempo durante o meu dia, as coisas iam-se tornando claras como imagem momentâneas a decorrar mesmo à minha frente. Foi tão estranho tudo o que eu pensei hoje, foi quase como se estivesse a passar pelas mesmas circunstâncias, tudo de novo.
Cheguei a um ponto que já nem sequer me conheço. Sinto como se me tivessem atirado de uma ponte e continuei durante este tempo todo a cair e ainda continuo, mas quando chegará o chão... Quando chegará o tempo em que vou de novo conhecer o chão que caminho, e os caminhos que vou conhecer ainda... Quero esquecer, e quero perdoar, mas acho impossível, pelo menos agora. Gostava de entender, mas não tenho quem me explique. Mas deixa, eu vou tentando em silêncio perceber com o murmurar do meu coração...
Será que é assim tão mau pensar demais? Sinceramente já não consigo ter uma opinião sobre isso. Eu custumo dizer, "penso demais, é esse o meu problema" mas caramba, quem pensa, sente e quem sente é gente. Muito sinceramente, gostava de apagar umas quantas memórias de mim, pelo menos a parte má de todas elas, aposto que não estavas metido na cama e a escrever aqui, de certeza...
Não me arrependo de nada porque me limitei a seguir a minha sinceridade, mas arrependo-me do tempo que perdi, isso irei arrepender-me sempre de todas as promessas que ouvi para no fim, passarem em vão.
Não estou só a falar de ti, mas de muita gente. Acredita que o que me tem valido são as saídas e as "aventuras" que tenho tido neste tempo todo, isso sim, me dá vontade de dar uma valente gargalhada... Agora tu?... Tu fazes-me dar um sorriso com encanto de nostalgia, e pelo menos, sabes o que é isso?

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