quinta-feira, 28 de julho de 2011

nó cego.

Deitei-me sobre a rede de pano, confortei-me nas minhas próprias roupas, confortei-
me no meu prório corpo, deitei a minha cabeça sobre a almofada e ali fiquei, a admirar as milhentas estrelas que o céu hoje tem.
Tentei ocupar a minha mente, o meu corpo, e o meu coração com tudo o que não me fizesse lembrar de ti, de tudo o que não fosse teu, ou estivesse inevitávelmente agregado a ti.
Fechei os olhos. Foi difícil, mas por segundo senti-me perto das nuvens, senti-me bem, e consegui sorrir, por finalmente ter-te tirado da minha cabeça. Foram milésimos de segundos até voltares de novo a mim. Senti o meu corpo tremer, como se entrasse dentro de mim de novo com o ar que respirei naquele momento. Como se o ar que respirasse fosse tão pesado, tão insuportável, tão conhecido meu que me fez suspirar logo de seguida.
Tenho de arranjar forma e força de te desenlaçar da minha vida, tenho de desatar este nó que tenho no coração que mal me deixa viver. Sinto-me perseguido pela tua presença, pelo teu ser, pela tua voz que me atordua a cabeça de tanta a imaginar ouvir, pelas saudades do teu toque imprevisível, pelas palermices que nos ficavamos a rir durante horas, pelas birras parvas que tinhamos... Os meus corpo tem o teu cheiro, os meus dias tem pedaços estilhaçados de ti. Simplesmente, desaparece de mim, e leva tudo contigo. Faz como quiseres, só quero ver-me livre deste peso maior, que não quero carregar nas minhas costas, mas principalmente no meu coração. Quero fugir de ti, e ver-te finalmente como algo resolvido dentro de mim.
Depois acordei. O cigarro estava a queimar-me os dedos, e voltei à realidade. A minha mente já está ocupada de novo, a pensar de ti.
Fodasse. Que parvoice a minha.

http://www.youtube.com/watch?v=r_8ydghbGSg

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